0 2 u u Sargento Mor Tomé Rodrigues Nogueira do Ó, documentos do seu heroísmo, suas patentes e sua carta ao governador de Minas Gerais, no Brasil, tetra-avô de Maximina Augusta de Melo – Herói que salvou uma moça e uma criança sequestradas por quilombolas

HISTÓRIA DE PORTUGUESES DO BRASIL

HISTÓRIA DE PORTUGUESES NO BRASIL

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dedica-se à preservar a memória da Família Silva e Oliveira, fundadora de Uberaba-MG e família do Presidente Fernando Henrique Cardoso, e

famílias que se ligaram aos Silva e Oliveira, como os Valim de Melo, que são descendentes dos Nogueira de Baependi-MG no Brasil.

Antônio Valim de Melo (Franca-SP 1854 – Uberaba-MG 1933) e Maximina Augusta de Melo (Franca-SP 1858 – Uberaba-MG 1942) são os pais de:
– Eulina Augusta de Melo, c/c José Joaquim de Lima BISNETO DO CAPITÃO DOMINGOS
– Idalina de Melo Lima c/c Manuel Gonçalves de Resende
– José Valim de Melo c/c Maria Delfina de Assis (Gonçalves de Resende) Valim
– Maria Augusta de Melo Borges (Filhinha) c/c Joaquim Borges de Moraes
– Osório Augusto de Melo c/c sua prima Eugênia de Melo Nogueira, e, em segundas núpcias, c/c Ester Soares de Azevedo.

Filhos de José Joaquim de Lima e Eulina Augusta de Melo Lima.
A Eulina é FILHA DE MAXIMINA AUGUSTA DE MELO E ANTONIO VALIM DE MELO:

JOAQUIM DE LIMA c/c Maria de Oliveira Lima
ESMERALDA DE MELO LIMA c/c AMINTHAS EUDORO DE CASTRO (conhecido como Dóro)
ENOCH DE LIMA c/c Salvina Pontes Lima
ADALBERTO DE LIMA c/c Eudóxia Pinto Lima
ANTONIO DE LIMA (Totó) c/c Eunira Cortes Lima
Olavo de Lima c/c Cleonice de Castro, irmã do Dóro
Mário de Lima c/c Júlia de Jesus Lima
José de Lima c/c Dilma Abreu Lima
Maria de Lourdes Melo Coli c/c José Coli
Helenita Lima de Genari c/c Roberto Genari
Nair de Lima c/c José Pereira de Souza
Elza de Lima, solteira

O Português Tomé Rodrigues Nogueira do Ó tornou-se capitão-mor e superintendente da Cavalaria do Caminho Velho da Estrada Real. Dele nasceram muitas famílias do estado e figuras ilustres
GWGustavo Werneck
postado em 02/11/2015 06:00 / atualizado em 02/11/2015 08:15

As 8 filhas dormiam no sótão em cima do quarto dos pais. Sem janela. É tradição. Não tinha como moça pular janela e se encontrar às escondidas com namorado.
O texto do Gustavo tem erro. Não fundou Baependi-MG, mudou-se em 1715 para Baependi-MG que já existia. E casou-se em Baependi-MG, onde no livro de batizados tem suas filhas por volta de 1723. 

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A história do homem que chegou ao Sul de Minas há 300 anos certamente renderia um filme épico, com roteiro movimentado, clima de aventura, travessia do oceano, combate a corsários franceses e descendência numerosa de brasileiros. E põe numerosa nisso. É ler para crer: do português Tomé Rodrigues Nogueira do Ó, natural de Funchal, na Ilha da Madeira, que se tornou capitão-mor e superintendente da Cavalaria do Caminho Velho da Estrada Real, nasceram muitas famílias mineiras e figuras ilustres no cenário nacional, em atividades, lugares e tempos variados. Só para citar alguns: os escritores Oswald de Andrade (1890-1954), paulista, e Raul Pompéia (1863-1895), natural de Angra dos Reis (RJ), o marquês de Baependi, Manuel Jacinto Nogueira da Gama (1765-1847), nascido em São João del-Rei, o economista Roberto Simonsen (1889-1948), de Santos (SP), e o diplomata gaúcho Oswaldo Aranha (1894-1960).

“O capitão Tomé foi uma das figuras mais importantes no cenário do desbravamento, ocupação, povoamento e ordenação do Sul de Minas nos primórdios do século 18. Teve nove filhos e esses também tiveram muitos filhos e filhas. É difícil encontrar quem não descenda dele no Sul do estado. Oswald de Andrade era paulista de família mineira e sua avó assinava Nogueira”, afirma o promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda, integrante do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG).

A importância do pioneiro, segundo Souza Miranda, estudioso da vida de Tomé desde 1997, foi evidenciada em registro do historiador e genealogista monsenhor José do Patrocínio Lefort (1914-1997), mineiro de Campanha, ao se referir às origens de Baependi: “Para a localidade, a mais importante figura que a perlustrou, nos primeiros tempos, foi o capitão Tomé Rodrigues Nogueira do Ó, o verdadeiro patriarca de imensa família que hoje lhe deve o nome e a glória. Proprietário da Fazenda do Engenho, era filho de Antônio Nogueira e de Francisca Fernandes do Vale, casados na Sé de Funchal, Ilha da Madeira”.

CORSÁRIOS Tomé chegou ao Brasil em 1709 e seguiu diretamente para a Capitania de São Paulo, onde logo se casou com Maria Leme do Prado. No ano seguinte, 1710, já no cargo de capitão do Distrito de Pindamonhangaba (SP) – e na companhia de 27 soldados, sete escravos e mais duas companhias – participou da defesa da Vila de Paraty (RJ), na época sendo atacada por seis naus francesas comandadas por Jean-François Duclerc ou du Clerc, corsário francês, que morreu no Rio de Janeiro em 1710.

Os atos de bravura de Tomé ganharam reconhecimento da Coroa portuguesa, tanto que, em 3 de setembro de 1714, recebeu a patente de capitão da Companhia do Terço de Auxiliares das Vilas de Taubaté, Pindamonhangaba e Guaratinguetá (SP). Um ano depois, mudou-se com a família para a região de Baependi, no Sul de Minas, e se estabeleceu na Fazenda do Engenho. Nessa propriedade, já demolida, teve origem sua vasta descendência.

Patrulha da Mantiqueira

Na sua pesquisa, o promotor Marcos Paulo de Souza Miranda encontrou referências a um fato marcante na vida do patriarca do Sul de Minas. Em 26 de novembro de 1717, dom Pedro de Almeida e Portugal, o conde de Assumar, que governou Minas de 1717 a 1721, o nomeou sargento-mor e superintendente da Cavalaria do Caminho Velho, para assegurar mais proteção ao caminho real que ligava Paraty a Vila Rica, atual Ouro Preto. “O capitão teve um papel fundamental no patrulhamento da região da Serra da Mantiqueira até o Rio Grande. Foi, portanto, o representante da Coroa portuguesa nesse pedaço da colônia”, explica Souza Miranda, que dedicou um capítulo a Tomé no livro Andrelândia – 3.500 anos de história.

O posto de superintendente de Cavalaria foi entregue a Tomé depois que o conde de Assumar, que seguia para Mariana, se hospedou em sua fazenda e gostou das honras da casa, ao ser recebido “com magnificência”, conforme registrou no seu diário. Além disso, sete anos antes, o capitão “havia socorrido com sua companhia o porto da Vila de Paraty, sustentando às suas custas a gente que havia alistado; e ainda se oferecendo para combater os franceses que haviam invadido o Rio de Janeiro e a Ilha Grande”, conforme os registros da época.

Vale registrar que, naquele ano de 1717, do outro lado da Serra da Mantiqueira, onde fica a cidade de Aparecida (SP), foi encontrada por pescadores, no Rio Paraíba do Sul, a imagem de Nossa Senhora da Conceição, que se tornou, para os brasileiros, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira nacional.

ORDENANÇAS Em 30 de abril de 1723, o então governador da Capitania de Minas, dom Lourenço José de Almeida, considerando Tomé “vassalo leal e zeloso”, o nomeou capitão-mor das Ordenanças do Caminho Velho. No ano seguinte, em 26 de março, ele foi nomeado Provedor dos Quintos do Caminho Velho, da Vila de São João del-Rei, sede da Comarca do Rio das Mortes.

Nos estudos, Souza Miranda verificou que, em de outubro de 1741, Tomé, já enfermo, redigiu o testamento “e determinou que seu corpo fosse envolto em hábito franciscano”. Está sepultado na Capela de Nossa Senhora do Montserrat, em Baependi, da qual disse ser “protetor e fundador do altar-mor”. Encomendou missas por sua alma no convento de Santa Clara de Taubaté.

O filho e as oito filhas de Tomé e Maria Leme foram responsáveis pelo povoamento de boa parte do Sul de Minas e da Comarca do Rio das Mortes. Foram eles Nicolau Antônio Nogueira, Joana Nogueira do Prado Leme, Maria Nogueira do Prado, Ângela Isabel Nogueira do Prado, Ana Nogueira de Jesus, Maria Nogueira do Prado, Clara Maria Nogueira, Maria Angélica Nogueira e Antônia Maria de Jesus do Prado.

Linha do tempo

1674 –O português Tomé Rodrigues Nogueira do Ó nasce em Funchal, na Ilha da Madeira

1709 –Tomé chega ao Brasil e segue para a Capitania de São Paulo, onde se casa com Maria Leme do Prado

1710 –Capitão do distrito de Pindamonhangaba, Tomé participa da defesa de Paraty, atacada por franceses

1714 –Em 3 de setembro, o português recebe a patente de capitão da Companhia do Terço dos Auxiliares das vilas de Taubaté, Pindamonhangaba e Guaratinguetá

1715 –Tomé se muda com a mulher para a região de Baependi, no Sul de Minas, e se estabelece na Fazenda do Engenho, onde nasceram os nove filhos

1717 –Em 26 de novembro, Tomé é nomeado sargento-mor e superintendente da Cavalaria do Caminho Velho da Estrada Real

1723 –Em 30 de abril, o governador da Capitania de Minas, dom Lourenço José de Almeida, nomeia Tomé capitão-mor das Ordenanças do Caminho Velho

1741–Em 3 de outubro, Tomé redige seu testamento e determina que seu corpo seja envolto em hábito franciscano. Está sepultado na Capela de Nossa Senhora do Montserrat,em Baependi

Vinte 20 Gerações de LEME

Do ano de  1.410 +- quando nasceu Maerten Lem até o ano de 2.010, 600 anos,  deu 20 gerações..

  1. Maerten Lem (Martim Leme) teve filhos naturais com Leonor Rodrigues
  2. António Leme   c/c  Catarina de Barros, mas não sabemos se Antão Leme é filho de Catarina ou filho natural
  3. Antão Leme  c/c ?………………
  4. Pedro Leme – Luzia Fernandes
  5. Leonor Leme – Brás Es Teves
  6. Aleixo Leme – Inês Dias
  7. Luzia Leme – Francisco de Alvarenga
  8. Tomázia Ribeira de Alvarenga – Francisco Bicudo de Brito
  9. Maria Leme Bicuda   –    Cornélio da Rocha
  10. Antônio da Rocha Leme  c/c  ?Antônia do Prado de Quevedo?
  11. Maria Leme do Prado       Tomé Rodrigues Nogueira do Ó
  12. Ana de Jesus Nogueira – Antônio de Souza Ferreira
  13. João de Souza Nogueira – Maria Teodora de Barros Monteiro
  14. Maria Cláudia Nogueira – Antônio Joaquim do Nascimento
  15. Maria Teodora Nogueira (do Nascimento) –  José Alves Faleiros
  16. Maximina Augusta de Melo – Antônio Valim de Melo
  17. Eulina Augusta de Melo Lima – José Joaquim de Lima
  18. Esmeralda de Melo Lima Castro – Aminthas Eudoro de Castro
  19. Luciana de Castro Silveira – Alceu Júlio da Silveira
  20. Paulo César de Castro Silveira – Selma Maria da Silva Silveira

Ver mais sobre Tomé Rodrigues Nogueira do Ó, nestas páginas:

FALTA MAIS UMA LOCALIZAÇÃO DE PATENTE, de 1711, NO ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO, uma patente de Capitão em Guaratinguetá-SP.

Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, Códice 09, folha 144.

Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, Códice 12, folha 22 verso.

Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, Códice 21, folha 130 verso e folha 131.

Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, Códice 56, folha 102v, 103 e 103v.

Esta história está em livros, mas infelizmente de historiadores inexperientes que leram errado o nome de Tomé, achando que ele assinava Oliveira.

Ele assinava Tomé Rodrigues Nogueira do Ó.

HERÓI QUE SALVOU UMA MOÇA E UMA CRIANÇA SEQUESTRADOS EM UM QUILOMBO CUJOS QUILOMBOLAS TINHA ASSASSINADO O PAI DELES.

A MOÇA CONTA QUE CHOROU DE ALEGRIA AO SER LIBERTADA POR TOMÉ.

Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, Códice 56, folha 102v, 103 e 103v.

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Importante é comprar as imagens em alta resolução no Arquivo Público Mineiro, é barata:

Em atenção à sua solicitação, segue abaixo orçamento para reprodução dos seguintes documentos:

Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, Códice 09, folha 144.
Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, Códice 12, folha 22 verso.
Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, Códice 21, folha 130 verso e folha 131.
Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, Códice 56, folha 102v, 103 e 103v.


Reprodução em CD de imagem do acervo textual
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Valor por imagem: R$ 2,50
Total de imagens: 05
Taxa de material (CD): R$ 1,50
Subtotal: R$ 14,00
Taxa de envio (SEDEX)*: Aguadando endereço para envio
Valor total para depósito: 14,00 (sem cálculo de envio).
Previsão de finalização e envio: APROXIMADAMENTE 5 dias úteis.

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Patente de sargento-mor de Tomé Rodrigues Nogueira do Ó:

Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, Códice 12, folha 22 verso.

Dom Pedro de Almeida e Portugal: Faço saber, aos que esta minha carta patente virem, que tendo consideração ao que convém ao bem público dos povos desta Capitania, a conveniência que terão assim as pessoas que, por razão de comércio, frequentam os caminhos das Minas, como os moradores dos mesmos, em que se aumentam as criações de cavalos e de gado em toda a capitania onde houver comodidade para o seu sustento, e entendo que será muito útil dar alguma providência neste particular pela urgisse necessidade que há de cuidar-se nas ditas criações por serem precisas assim para o sustento universal dos povos, como pela condução dos gêneros necessários, e desejando encarregar este cuidado a pessoas que, com zelo, e satisfação o façam …. menos sensível a falta que lá se experimenta de … por morrerem .. e mui continuamente .. a.. “soresados’ caminhos e por concorrerem na pessoa do capitão TOMÉ RODRIGUES NOGUEIRA morador no caminho velho, aquelas circunstâncias que requerem para semelhante emprego tendo, além disso, servido a sua majestade no posto de capitão de uma companhia de ordenanças do distrito da vila de Guaratinguetá e no de capitão de auxiliares do mesmo distrito e ir com a sua companhia socorrer o porto de Nossa Senhora de Parati sustentando as suas custas as gentes que se alistou, e avendo se com muito zelo e diligencia dos rebates e rondas e mais funções que houve por causa da invasão que os franceses fizeram no Rio de Janeiro e Ilha Grande e pouco distante de Parati e se oferecer se para ir socorrer a Ilha em um destacamento que a ela foi mandado; por todos estes respeitos e por esperar que de sua pessoa obrara em tudo como dele se espera e m conforme a confiança que faço de sua capacidade; e por bem e por serviço de vossa majestade como por esta carta o nomeio no posto de Sargento-Mor com a superintendência das Condelarias do Caminho Velho, com o encargo de obrigar os moradores dele, pelo que lhe concedo…. a cada um conforme as terras e os cabedais que pode sustente e uma e mais éguas e da mesma sorte as vacas que puder, regulando prudentemente as cabeças que qualquer deles deve ter assim de éguas como de vacas, e insinuando a todos em que cedera em utilidade sua para o que terá um livro em que assente o nome de todos os moradores e as cabeças que são obrigados a sustentar e me dar a contado o que neste particular obrar para lhe mandar passar as ordens necessárias para o estabelecimento da dita criação especificando as terras que cada um e quantas cabeças poderá sustentar interpondo o seu parecer para a vista dele tomar a resolução mais conveniente ao seu serviço e ao bem público dos povos, e exercitará o dito posto e superintendência e mais que sua majestade houver por bem ou eu não mandar o contrário, e logrará com ele todas as honras, privilégios, liberdades e isenções e franquezas que direitamente lhe pertence, pelo que mando a todos os oficiais de guerra e justiça e aos moradores do dito caminho conheçam o dito Tomé Rodrigues Nogueira por sargento-mor e superintendente das condelárias e lhe obedeçam e guardem suas ordens no que for de sua obrigação e do serviço de sua majestade e por firmeza de …lhe mandei passar a presente, por mim assinada e selada com o sinete de minhas armas a qual se registrará no livro da secretaria deste governo e no mais que a tocar. Dada na Vila de São João Del Rey, aos 26 de novembro de 1717, Domingos da Silva, secretário de Governo a fez. Dom Pedro de Almeida.

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PATENTES de Tomé Rodrigues Nogueira do Ó:

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CAPITAO COMANDANTE NO VALE DO  PARAIBA em 1714: Arquivo Público Mineiro, Seção Colonial, Códice 09, folha 144.

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PATENTE DE SARGENTO MOR,  ONDE SE CONTA O HEROISMO EM PARATI-RJ, em 1710 ou 1711, CONTRA OS FRANCESES:

Arquivo Público Mineiro Seção Colonial Códice 12, folha 22 verso.

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Sargento-Mor:

Arquivo Público Mineiro Seção Colonial Códice 21, folha 130 verso e folha 131.

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