z Biografia do Capitão Domingos da Silva e Oliveira, primeiro governante eleito de Uberaba-MG
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Domingos da Silva e Oliveira. N. em Santo Antônio da Casa Branca, atual Glaura, distrito no Município de Ouro Preto (MG), onde casou com sua prima Rita Constância Cardoso. Fazendeiro. Recebeu esmerada educação. Exerceu no Desemboque, o cargo de Juiz de do Julgado.
Posteriormente, viveu em no Julgado de Nossa Senhora do Desterro do Desemboque, Capitania de Goiás, denominação reduzida em 1923 para Desemboque, hoje distrito do Município de Sacramento (MG), onde foi comissionado Juiz do Julgado do Desemboque que compreendia todo o Triângulo Mineiro, e agraciado com o nascimento de cinco de seus filhos. Não teve filhos de 1813 a 1816, numa época que fora assassinado seu irmão em Traíras-GO, Capitão General José Manoel da Silva e Oliveira, tetravô de Fernando Henrique Cardoso.
Em 2-MAR-1818, Domingos recebeu sesmaria na Parada do Ribeirão da Cachoeira, no Distrito de São Carlos de Jacuí, atual Município de Jacuí (MG).
Irmão do fundador de Uberaba (MG), o Sargento-Mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira, que foi nomeado pelo Governador Provincial, em 27-OUT-1809, para as funções de Comandante Regente dos Sertões da Farinha Podre. Por ato de 3-FEV-1811, Antônio Eustáquio passou a ser, também, Comandante do Distrito e Curador dos Índios, sendo inclusive encarregado de zelar pela segurança dos colonos que estavam se instalando naquela região.
Farinha Podre era a denominação dada a toda a zona do Triângulo Mineiro. Anos depois da morte de Rita, sua esposa, golpe que muito o abateu, Domingos decidiu casar-se com Francisca de Sales Gomides.
Após o nascimento do primeiro filho oriundo do segundo matrimônio, que foi João da Silva e Oliveira, resolveu transferir-se para o Sertão da Farinha Podre, onde já se encontravam os irmãos Major Antônio Eustáquio e Joaquim. A ele, como companheiro de todas as horas do irmão Antônio Eustáquio, coube a tarefa de conduzir os destinos da povoação na sua marcha para a conquista da segunda etapa do sonho que vinham acalentando.
Assim, pôde construir em 1836, às custas da população, o 1º prédio da Câmara Municipal de Uberaba, cuja instalação se deu no dia 7-JAN-1837, sob a presidência de Domingos, o Vereador mais votado para aquela Casa. No mesmo prédio funcionou, também, a Cadeia Pública, juntamente com a Câmara Municipal, o Fórum e os Correios.
Sua luta certamente contribuiu para a transformação da terra inóspita que encontrou na atual Uberaba, que tem merecido os títulos de Princesa do Sertão e Capital do Triângulo. Continuou exercendo, cumulativamente, os cargos de Juiz de Órfãos e Juiz Municipal. Tinha grande popularidade e era muito acatado e político de grande prestígio na região.
Filhos: Francisco da Silva e Oliveira, José Alexandre da Silva e Oliveira, Rita de Cássia da Silva e Oliveira, Maria da Silva e Oliveira, Luís da Silva e Oliveira (do primeiro casamento)
e João Domingos da Silva e Oliveira, Teresa Eusébia da Silva e Oliveira, Capitão Domingos da Silva e Oliveira, Senhorinha da Silva e Oliveira, José Joaquim da Silva e Oliveira, Francisco Gualberto da Silva e Oliveira e Maria Rita da Silva e Oliveira (do segundo casamento).
Teve um filho natural com Maria do Carmo Pacheco.
O Capitão Domingos, nos últimos anos de vida, trajava-se, em certos dias, à moda de Luís XV, ou seja, com calção de veludo, capa, espada e chapéu de penas, que era a indumentária própria das pessoas categorizadas da época. Faleceu em 7-AGO-1852 em Uberaba (MG).
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