Documentos da História de Uberaba-MG – História do Desemboque – A Fundação de Uberaba-MG pelo Vigário Silva, e, as Entradas do (Major) Sargento Mor Antônio Eustáquio, irmão do Capitão Domingos da Silva e Oliveira, Pioneiros no Brasil Central – Curiosidades de Uberaba-MG de antigamente

HISTÓRIA DE PORTUGUESES DO BRASIL

HISTÓRIA DE PORTUGUESES NO  BRASIL

Este é o site da família fundadora de Uberaba-MG,os SILVA E OLIVEIRA, que é a família do Presidente Fernando Henrique Cardoso

Preservando as tradições e a saga dos SILVA E OLIVEIRA pioneiros de Uberaba-MG, desbravadores do Desemboque, e do Triângulo Mineiro.

Página Principal:

http://www.capitaodomingos.wordpress.com

Leia aqui, nos links e no final desta página, o texto maravilhoso do Padre Antônio José da Silva, o Vigário Silva, contando o heroísmo e os perigos enfrentados na Entrada que fez o Sargento Mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira, em 1808.

Sargento Mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira fez duas Entradas.

Fundou Uberaba-MG, Brasil, em 1809.

0 0 0 A família Silva e Oliveira na fundação de Uberaba, pelo Vigário Silva e Borges Sampaio

UBERABA-MG

Arraial 1809

Freguesia 1820

Vila 1837

cabeça de Comarca 1840

Cidade 1856

Eleitores, 15, em 1870, eram as pessoas mais ricas que eram eleitores.  Eram escolhidos pelos eleitores de Paróquia.

Está também no final desta página – Descrição de Uberaba-MG em 1885:

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/brtexport/index.php?cid=14&mid=31&full_pdf=1

Mapa do Sertão da Farinha Podre, hoje Triângulo Mineiro, – Então pertencente à Capitania de Goiás –

Veja como era a Região desbravada pelo Sargento Mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira:

http://purl.pt/3432/1/P39.html

Fotos antigas de Uberaba-MG:

http://www.uberaba.com.br/uberaba/uberaba.cgi?flagweb=locais

História de Uberaba-MG pelo Vigário Silva:

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/brtexport/index.php?cid=15&mid=31&full_pdf=1

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O povoamento da região de Uberaba-MG teve início no final do século XVIII, com sesmarias concedidas pela Capitania de Goiás, entre elas, a Fazenda das Toldas, concedida a Tristão de Castro Guimarães, e as Fazendas Santo Inácio, Ponte Alta e Bebedouro, concedidas, em 1799, ao irmão do CAPITÃO DOMINGOS da SILVA E OLIVEIRA e do Sargento Mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira,  o Tenente Joaquim da Silva e Oliveira, todas ao sul da atual Uberaba-MG e no atual Município de Delta-MG.

Este Tristão de Castro Guimarães, falecido em Uberaba-MG em 1826, era da importante Casa Portuguesa dos Condes de Castro Guimarães, nobilíssimos:

Há um estudo sobre a família Castro Guimarães, feito pela Maria Adelaide Pereira de Moraes, intitulado “Desceram do monte, atravessaram o mar”, publicado no “Boletim de Trabalhos Históricos”, do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, de Guimarães, em 1987 (Vol. XXXIII), pág.s 61 a 103.

O arraial de Uberaba-MG foi fundado, em 1809, pelo Sargento Mor comandante da Companhia de Ordenanças do Distrito do Julgado do Desemboque da Capitania de Goiás, Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira.

O Julgado do Desemboque correspondia, a partir de 1811, ao atual Triângulo Mineiro menos a região de Araxá-MG, que era o Julgado de Araxá, (os quais eram na época da Capitania de Goiás).

A Região de Araxá foi elevada à categoria de julgado, em 1811, desmembrada do Julgado do Desemboque.

Antes do Sargento Mor Eustáquio, comandava o Sertão da Farinha Podre, seu irmão, o Coronel José Manuel da Silva e Oliveira, tetravô do Presidente Fernando Henrique Cardoso.

Localização: 07,4,094
Localização Antiga: Cod. CCCXLII (17-130)I-4,4,125
Autoridade: OLIVEIRA, José Manuel da Silva e
Título: Descrição sobre o estado atual da navegação dos rios Araguaia, Tocantins, e Maranhão, encaminhado a d. Rodrigo de Souza Coutinho.
Local: Rio de Janeiro
Data: 14/07/
Paginação: 07 p.
Âmbito e Conteúdo: Várias informações sobre diversos rios com indicações e relatos da existência de várias minas de ouro.
Conservação: 3
Referências: C.E.H.B. nº137
Autenticidade: Original e Autógrafo.
Apresentação: Manuscrito.
Notas: Capa e folhas soltas.
Antiga Localização: Cod. CCCXLII (17-130)I-4,4,125

Leia aqui o texto do CORONEL JOSÉ MANUEL DA SILVA E OLIVEIRA, em PDF: Manuscrito pertencente à Biblioteca Nacional do Brasil:

0 0 0 0 0 0 Família e Genealogia do Presidente Fernando Henrique Cardoso – A Família de João da Silva de Oliveira, e, seus netos da Família de Fernando Henrique Cardoso – Inédita História manuscrita do Desemboque, MG – A Navegação no Rio Araguaia, no Brasil, do Coronel José Manuel da Silva e Oliveira

A primeira morada de casas de Uberaba-MG, construída pelo Sargento Mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira, localizava-se na atual esquina da Praça Rui Barbosa com a Rua Artur Machado, do lado esquerdo de quem desce a rua Artur Machado. Isto em 1809.

O Sargento Mor Antônio Eustáquio era oriundo do Distrito de Glaura, pertencente à antiga Vila Rica, atual Ouro Preto, onde seu pai, João da Silva de Oliveira, fora vereador, por três mandatos, na época da Inconfidência Mineira, e, foi capitão comandante de Glaura.

O Capitão João da Silva de Oliveira, aposentado como Sargento Mor de Glaura, foi cobrador de impostos para João  Rodrigues de Macedo, em Glaura, Cachoeira do Campo e Itabira, e sua filha Rita foi esposa do sobrinho do poderoso, rico e influente João Rodrigues de Macedo, o Capitão Jerônimo Rodrigues da Silva de Macedo.

Acento de batismo do Sargento Mor Antônio Eustáquio, em Glaura, Ouro Preto-MG:

Este livro de Batismo se encontra no Arquivo da Arquidiocese de Mariana-MG.

AOS ONZE DIAS DO MÊS DE OUTUBRO DO PRESENTE ANO DE MIL SETECENTOS E SESSENTA E NOVE NESTA IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTONIO DA CASA BRANCA BATIZOU E PÔS OS SANTOS ÓLEOS O REVERENDO DOUTOR ANTONIO ALVES PORTELA (tio de Eustáquio) A ANTONIO INOCENTE FILHO LEGÍTIMO DO ALFERES JOÃO DA SILVA DE OLIVEIRA E DE SUA MULHER JOANA FRANCISCA DE PAIVA, NETO PELA PARTE PATERNA DE MANUEL DA SILVA CARDOSO E DE ISABEL FRANCISCA, NATURAIS DA FREGUESIA DE SÃO MIGUEL DE OLIVEIRA DO DOURO, BISPADO DE LAMEGO, e PELA PARTE MATERNA DO ALFERES JOÃO ALVARES PORTELA NATURAL DA FREGUESIA DE SANTA MARIA DO CANEDO ARCEBISPADO DE BRAGA E DE JOANA MONTEIRA DE PAIVA NATURAL DA FREGUESIA DE SÃO PAULO DO PATRIARCADO DE LISBOA. FORAM PADRINHOS O CAPITÃO MATIAS GONÇALVES MOREIRA SOLTEIRO MORADOR NA FREGUESIA DE ANTONIO DIAS DO OURO PRETO E ANA MARIA DE PAIVA MULHER DE JOÃO GONÇALVES CAMPOS. DO QUE FIZ ESTE ACENTO E ASSINEI. VIGÁRIO ENCOMENDADO MANOEL DE BARROS.

Nota: O padrinho Mathias era Mathias de Távora da Silveira, (filho de Matias Gonçalves de Proença e Bárbara da Távora da Silveira}, mas não podia, na época, ninguém usar o sobrenome Távora.

O Sargento Mor Antônio Eustáquio, buscando desbravar novas terras na região, realizou duas entradas pelo Sertão da Farinha Podre e foi também o fundador, entre os anos de 1810 e 1813, do arraial denominado Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos, atual município de Prata.

Da família fundadora do Uberaba, Sargento Mor Antônio Eustáquio, seus irmãos e primos, o descendente mais ilustre é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, tetraneto do Coronel José Manuel da Silva e Oliveira.

Uberaba surgiu pela migração de geralistas, como eram chamados os habitantes das Minas Gerais na época do Brasil Colônia, os quais deixaram as já esgotadas regiões produtoras de ouro, porém fracas para agricultura, da Capitania de Minas e de Goiás (Desemboque), em busca de terras férteis para se estabelecerem como agricultores e pecuaristas.

Entre estes pioneiros, além dos Silva e Oliveira, estavam, entre outros, os Rodrigues da Cunha originários da Vila de Queluz, atual Conselheiro Lafaiete, e os Bernardes da Silveira, Rodrigues Gondim e Alves Gondim vindos de Formiga (Minas Gerais).

O local onde se instalou o Arraial de Uberaba-MG, inicialmente denominado sertão da Farinha Podre, às margens do Córrego das Lages, foi escolhido por existirem, naquela área, formadas por seis colinas (Boa Vista, Estados Unidos, da Matriz, Cuiabá, Barro Preto e a colina da Misericórdia), grande quantidade de nascentes de córregos no alto destas colinas. Sendo que as primeiras “moradas de casas”, como se dizia na época, foram construídas próximas às nascentes destes córregos.

As terras do novo arraial pertenciam à Fazenda das Toldas, ainda existente, e foram doadas, em 1812, por seu proprietário Tristão de Castro Guimarães. Este era da nobre família portuguesa dos Conde de Castro Guimarães. Faleceu em Uberaba-MG em 1826.

O “Arraial” de Uberaba-MG, na época pertencente ao Julgado do Desemboque, Capitania de Goiás, foi elevado à condição de “Distrito de Índios” em 13 de fevereiro de 1811.

Em 1816, a região do Triângulo Mineiro, que na época compreendia o “Julgado do Desemboque” (onde Uberaba se encontra) e o “Julgado do Araxá”, deixou de pertencer à Capitania de Goiás e foi anexada à Capitania de Minas Gerais.

Estes dois julgados, (Desemboque e Araxá), ficaram pertencendo à Vila e Comarca de Paracatu do Príncipe-MG. A Comarca de Paracatu foi criada em 1815.

O Sargento Mor Eustáquio pediu e conseguiu de D. João VI a elevação de Uberaba à categoria de freguesia em 2 de março de 1820 com o nome de Freguesia de Santo Antônio e São Sebastião do Uberaba, desmembrada da Freguesia do Desemboque.

No mesmo dia, carta régia sobre o sargento mor Antonio Eustaquio construir estradas.

eustaquio 1820

eustaquio b 1820

Em 1831 é criada a Vila de Araxá, a qual Uberaba-MG fez parte até sua emancipação política em 1836.

Na década de 1830, o escritor Bernardo Guimarães residiu em Uberaba-MG.

O Sargento Mor Antônio Eustáquio foi o líder político de Uberaba até sua morte em 1832, quando assumiu o seu lugar, seu irmão Capitão Domingos da Silva e Oliveira que foi o líder político de Uberaba até sua morte em 1852, e, que conseguiu, em 1836, a emancipação política de Uberaba, então pertencente à Vila de Araxá. O Capitão Domingos havia trabalhado, também, em 1831, para a elevação de Araxá à categoria de vila.

Em 22 de fevereiro de 1836, pela lei mineira número 28, Uberaba-MG foi elevada à categoria de município, a Vila de Uberaba, desmembrando-se de Araxá.

Em 7 de janeiro de 1837, é instalada a Câmara Municipal, tomando posse os primeiros vereadores, tendo o Capitão Domingos como seu primeiro presidente. Esta lei número 28 também extinguiu o julgado do Desemboque e o anexou ao município de Araxá.

Em 1840, Uberaba-MG é elevada à categoria de comarca, a Comarca do Paraná, desmembrada da Comarca de Paracatu-MG. O primeiro Juiz de Direito da Comarca do Paraná era irmão do escritor Bernardo Guimarães e chegou a ministro do Tribunal do Império.

Uberaba-MG é elevada da categoria de vila à categoria de cidade em 2 de maio de 1856.

Uberaba-MG, na Guerra do Paraguai, foi passagem das tropas federais, e recebeu o Visconde de Taunay, que assim descreveu a paisagem ao redor de Uberaba:

“-Inúmeros regatos, córregos, ribeirões e possantes rios, semeado de flores, com um sem número de pássaros, aves e animais, todos esquivos e que mal se enxergam escondidos nas matas e capões, inçados de cobras de veneno virulentíssimo, cascavéis, jararacuçus, urutus, todas ariscas, fugitivas, e que só causam dano quando se tem a infelicidade de pisá-las e magoá-las.”

O Visconde de Taunay homenageou Uberaba em seu livro “Inocência”, colocando, como personagem do livro, o músico, e depois único deputado estadual uberabense no Segundo Reinado, Antônio Cesário da Silva e Oliveira, neto do Capitão Domingos. O único que aparece no livro com o seu verdadeiro nome. Sendo que Inocência era na verdade uma moça da Família Garcia Leal de Paranaíba-MS.

Na década de 1870, criadores de Uberaba introduzem o gado zebu no Brasil trazidos da Índia.

A sessão da Câmara Geral, atual Câmara dos Deputados, na cidade do Rio de Janeiro, do dia 10 de maio de 1886, foi quase toda dedicada às tumultuadas eleições para deputado, ocorridas em Uberaba, em 15 de janeiro de 1886. Depois de muito debate, a Câmara Geral deliberou por anular as eleições de Uberaba.

Em 1889, chega a Uberaba, os trilhos da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. A autorização para prolongar a Mogiana até Uberaba foi dada pelo decreto imperial nº 8.888 de 17 de fevereiro de 1883.

Na década de 1890, iniciou sua carreira de engenheiro agrimensor e de político do PRM, Partido Republicano Mineiro, em Uberaba, o depois ministro da guerra e historiador Pandiá Calógeras.

Em 1899 é criado o “Clube Lavoura e Comércio” com o objetivo de defender a lavoura e a pecuária, combatendo os altos impostos e as interferências do novo governo republicano na atividade rural. É lançado o jornal “Lavoura e Comércio” que, em seu primeiro número, ocupando toda sua primeira página, expõe os ideais dos ruralistas do Triângulo Mineiro.

Jornal bem humorado, em 1898, falando do baixo meretrício, na atual rua Paulo Pontes:

27 marco 1898 a sogra

Crime na festa de Nossa Senhora da Abadia, em Uberaba-MG, naquele tempo 1899

abadia 27 ago 1899

Escravos rezam missa em 2 de janeiro de 1881 pela alma do Visconde do Rio Branco, em Uberaba-MG

na Igreja do Rosário dos homens pretos que já não mais existe.

CHORADO BENFEITOR Visconde do Rio Branco (da lei do Ventre Livre)

escravos rezar missa

Em Uberaba-MG, o Famoso hotel do Comercio inaugurado em 1876 na esquina da Praça Rui Barbosa com a Rua Artur Machado, que comprou o hotel e a rua acabou ficando com seu nome.

hotel 1886

Preços em Uberaba-MG em 1880

precos em uberaba 1880

1886 – Chuvas sempre causaram estragos no Uberaba-MG levando pontes

monitor 21 fev 1886

Anúncio do Liceu Uberabense ressaltando que não tem doutrinação ideológica na escola. 1878

o progresso 24 março 1878

Teve um jornal manuscrito em 1856 feito pelo João da Silva e Oliveira, FILHO DO CAPITÃO DOMINGOS DA SILVA E OLIVEIRA, este realmente o primeiro jornalista de Uberaba-MG.

jornais uberaba um

jornais uberaba dois

jornais uberaba tres

Em 1905 é inaugurada a energia elétrica na cidade.

Viveu em Uberaba, uma neta de Tiradentes, nascida em março de 1819, Carolina Augusta Cesarina, falecida, com 86 anos de idade, em 30 de setembro de 1905, em Uberaba

Em 1906 tem início as exposições de gado bovino. Exposições que foram muito prestigiadas pelo Dr. Getúlio Vargas, nas décadas de 1930 a 1950.

Em 29 de setembro de 1907 é criada a Diocese de Uberaba, elevada à categoria de arquidiocese e sede metropolitana em 14 de abril de 1962.

Na década de 1910 advogou em Uberaba, o depois vice-presidente da república Fernando de Melo Viana.

Durante a Revolução de 1924, uma comissão de líderes políticos uberabenses encontra, em Mogi Mirim, o líder tenentista João Cabanas e lhe oferece dinheiro, armas e tropas para que ele e a sua coluna, chamada Coluna da Morte, rumarem para o Uberaba, onde Cabanas proclamaria a criação do “Estado do Triângulo”, antiga reivindicação da região, e partirem, em seguida, para Belo Horizonte, para depor o governo mineiro.

O tenente João Cabanas conta em seu livro “A Coluna da Morte” que aceitou a proposta, mas, enquanto fazia os preparativos para a partida para Uberaba, pela Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, chegaram ordens do comando revolucionário para a Coluna da Morte partir em retirada para o atual Mato Grosso do Sul.

Durante a Revolução de 1932 foram travados combates entre mineiros e paulistas na fronteira com o estado São Paulo, na “Ponte do Delta”, que ligava Uberaba ao estado de São Paulo. Uberabenses, liderados por Roberto de Genari, constroem um carro blindado para enfrentar os paulistas na “Ponte do Delta“, ainda existente.

Na década de 1940, começam a serem encontrados fósseis de animais pré-históricos na região da antiga Estação de Trem de Peirópolis, à margem da Rodovia que segue para o Distrito da Ponte Alta em Uberaba-MG

Em 1946, o escritor Monteiro Lobato passou por Uberaba e fez um discurso da Campanha O Petróleo é Nosso. O grande escritor maravilhado com nossas avós estudantes do colégio Nossa Senhora das Dores, escreveu:

Estive o mês passado no Triângulo Mineiro e pude verificar a tremenda etapa já vencida pela ideia do petróleo. Fui recebido pelas meninas do Colégio Nossa Senhora das Dores, em Uberaba. Uma coisa linda, das quais só os mineiros sabem fazer. Duas religiosas, dessas que pela sua bondade transparente convertem por ação de catálise, levaram-me ao grande pátio interno, onde, em semicírculo, centenas de meninas, uniformizadas de sainha azul e blusa creme, esperavam esse misterioso Lobato do sítio da Dona Benta. Parei diante delas, ladeado das duas freiras. Adiantou-se uma menina de 16 anos, Luci Mesquita, e pronunciou um discurso bastante sério. – Quem teria escrito esse discurso? perguntei-lhe mentalmente enquanto a ouvia; e quando ela terminou, repeti a pergunta: – Quem escreveu este discurso, senhorita? – “Eu mesma”, foi a singela resposta, e as duas irmãs a confirmaram. – “Sim, foi ela sozinha. A Luci é muito lida, e até tivemos de cortar um pedaço porque se estendeu demais sobre o petróleo”. Luci disse entre outras coisas: -“O vosso sacrifício da carreira literária para se dedicar inteiramente ao serviço da propaganda do petróleo é das mais nobres que conheço”….. Eu arregalei os olhos. Só naquele momento percebi que realmente havia sacrificado minha carreira literária em prol do sonho do petróleo.

Durante a elaboração da Constituição de 1946, nos debates da Assembleia Nacional Constituinte, o deputado federal mineiro Juscelino Kubitschek propõe a construção da nova capital do Brasil no Triângulo Mineiro.

Em 10 de setembro de 1950, o doutor  Getúlio Vargas, na sua campanha para presidente da república, faz um discurso em Uberaba em defesa da pecuária. Lembrando sua condição de pecuarista, Getúlio diz:

Quero que saibam que lhes vou dizer as coisas na linguagem simples de companheiro! Nossa conversa será no jeito e estilo daqueles que os fazendeiros costumam fazer de pé, junto á porteira do curral. Lutando contra opiniões que combatiam a introdução do gado zebu no Brasil, os fazendeiros do Triângulo Mineiro apoiados exclusivamente no seu próprio trabalho e nos seus próprios recursos arrostaram todos os percalços da tremenda luta que se feriu, e que, afinal, lhes conferiu incontestada vitória. De então para cá, o Brasil Central passou a ter expressão econômica, transformando-o de uma vasta solidão inaproveitada, que era então, no grande reduto econômico e francamente ativo da atualidade. — Getúlio Vargas

Em 24 de abril de 1952, ocorre uma revolta em Uberaba contra os altos impostos cobrados pelo governo estadual chefiado por Juscelino Kubitschek. O edifício da Coletoria Estadual é destruído, assim como os postos de cobrança de impostos nas entradas da cidade. A revolta só terminou com a chegada de tropas do 4º Batalhão de Caçadores, vindas de Belo Horizonte, de avião, e que ocuparam as ruas do centro de Uberaba portando metralhadoras. A revolta foi notícia no New York Times.

Logo em seguida, procurando se reconciliar com os uberabenses, o governador Juscelino cria a Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro e a instala no edifício onde funcionava a Cadeia de Uberaba, na atual Praça Manuel Terra.

Em 1956, em Uberaba, acontecem grandes comemorações em homenagem ao seu primeiro centenário de elevação à categoria de cidade.

Em 1957, a senhora Aparecida Conceição Ferreira, a “Dona Cida”, funda o “Hospital do Fogo Selvagem”, referência nacional no tratamento do pênfigo foliáceo.

Em 1959, fixa residência em Uberaba, o médium Chico Xavier que se tornaria o mais conhecido dos médiuns brasileiros.

A construção de Brasília deu um impulso ao desenvolvimento de Uberaba. Assim, em 1959, a lei federal nº 3.613, de 12 de agosto, assinada pelo presidente Juscelino, ordena que seja implantada e pavimentada, uma rodovia ligando Limeira a Brasília, passando por Uberaba (de São Paulo a Limeira já existia uma rodovia asfaltada).

Em junho de 1961, o asfalto chega à divisa São Paulo-Minas Gerais, em Igarapava-SP, e, em 1965, a pavimentação asfáltica da BR-050, entre Uberaba e Uberlândia, é inaugurada pelo presidente da república Humberto de Alencar Castelo Branco.

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MEMBROS DA FAMÍLIA SILVA E OLIVEIRA QUE GOVERNARAM UBERABA-MG

– Domingos da Silva e Oliveira

– José Teixeira Alves de Oliveira

– José Joaquim Oliveira Teixeira

– Gabriel Orlando Teixeira Junqueira

_ Manuel Terra ( O Maneco Terra), filho da tia Senhorinha

– Hildebrando de Araújo Pontes, autor de livros sobre Uberaba e autor da nossa Genealogia,

– Olavo Rodrigues da Cunha

– Leopoldino de Oliveira

– Guilherme de Oliveira Ferreira

– Artur de Melo Teixeira, prefeito do Centenário da elevação à cidade de Uberaba, em 1956

– Luís Guaritá Netto

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Documentos da história municipal de Uberaba-MG

1-  Transferência do Triângulo Mineiro à Capitania de Minas Gerais:

Alvará de 4 de abril de 1816:

Eu, El Rei, faço saber aos que este meu alvará virem, que tendo creado a nova Comarca de Paracatú, assignando-lhe os limites, que me parecem proprios, na fórma do Alvará de 17 de maio do anno passado de 1815, e representando-me os povos da Campanha do Araxá, que comprehende os dous Julgados e Freguezias de S. Domingos e Desemboque, os grandes incommodos que supportam em viverem sujeitos à Capitania e Comarca de Goyaz, cuja Capital lhes fica em distancia de mais de 150 leguas, sendo lhes penosos os recursos, de que frequentemente necessitam; ao mesmo passo que estando elles sujeitos á Capitania de Minas Geraes e á Ouvidoria de Paracatú que lhes fica próxima, podem ser mais facilmente ouvidos e soccorridos nas suas dependencias, sem serem obrigados a desamparar as suas casas e culturas de suas terras, ficando também mais desembaraçados e promptos para se empregarem no meu real serviço: e querendo eu evitar-lhes tão penosos inconvenientes, e promover as comodidades daquelles povos, que, pela sua industria e digna aplicação á lavoura, se fazem dignos da minha real comtemplação;……..Hei por bem separar e desannexar da Capitania e Comarca de Goyaz os ditos dous Julgados e Freguezias de S. Domingos do Araxá e Desemboque, com todo o territorio que lhes pertence; em mando que deste alvará em diante fiquem pertencendo á Capitania de Minas Geraes e á Comarca de Paracatú, fazendo parte dos limites desta….Dado no Rio de Janeiro a 4 de abril de 1816“.

2- Criação da Freguesia de Uberaba-MG

Decreto de 2 de março de 1820:

Cria uma freguesia no distrito de Uberaba (do tupi “água cristalina”), em Minas Gerais, com a invocação de Santo Antônio e São Sebastião de Uberaba, e manda fundar uma capela curada na mesma Freguesia.

“…Sendo-Me presente o grande desgosto que sofrem os colonos estabelecidos no Sertão da Farinha Podre, por se verem privados de socorro e pasto espiritual, sem que o possa obter com facilidade da Freguesia do Julgado do Desemboque, que dali dista mais de 60 léguas: Hei por bem que se estabeleça uma freguesia no distrito de Uberaba até a confluência do rio Paranaíba e rio Pardo, com a invocação de Santo Antônio e São Sebastião de Uberaba, dividindo-se com a Capela de N. S. Do Monte do Carmo, e com a Freguesia do Desemboque, por onde mais conveniente for. E Sou outrossim servido, que nesta nova Freguesia haja também uma capela curada, no lugar que mais convier, para comodidade dos habitantes que novamente se acham por ali estabelecidos. A Mesa da Consciência e Ordens o tenha assim entendido, e faça executar com os despachos necessários. Palácio do Rio de Janeiro em 2 de março de 1820. 

Com a rubrica de Sua Majestade” 

Nota 1: A dita “confluência do rio Paranaíba e rio Pardo”, se refere à antiga divisa entre a Capitania de Goiás com a Capitania do Mato Grosso e a Capitania de São Paulo, a foz do atual Rio Pardo (Mato Grosso do Sul) com o rio Paraná.

Nota 2: a Capela de N. S. do Monte do Carmo é a atual Prata (Minas Gerais).

3- Criação da Vila de Uberaba-MG

Manuel Dias de Toledo, Presidente da Província de Minas Gerais: Faz saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Legislativa Provincial decretou e eu sancionei a Lei seguinte: 

Artigo 1- Fica elevado à Vila o arraial de Santo Antônio de Uberaba, compreendendo no seu município a freguesia do mesmo nome e o distrito de Sacramento da Freguesia do Desemboque servindo de divisa pelo lado desta povoação a Lagoa dos Esteios e a linha do prolongamento da mesma lagoa até o Rio das Velhas ao Rio Grande. 

Artigo 2- É suprimido o julgado do Desemboque, e a parte dele não compreendida no Município de Uberaba é incorporada ao de São Domingos do Araxá. 

Artigo 3- Os habitantes do novo município são obrigados a construir, à sua custa, Casa para sessões da Câmara Municipal, Júri, uma cadeia segura, conforme o plano que for determinado pelo governo; antes de verificar-se condição não terá lugar a execução desta lei”. 

Dada no Palácio do Governo, na Imperial cidade de Ouro Preto, aos vinte e dois de fevereiro 1836.

Nota: O Rio das Velhas citado é o atual Rio Araguari.


4- Ata da instalação do Município de Uberaba-MG

Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e trinta e sete, décimo sexto da Independência e do Império, aos sete dias do mês de janeiro do dito ano, neste Arraial de Santo Antônio e São Sebastião do Uberaba, Comarca do Rio Paracatu do Príncipe, Província de Minas Gerais, em nova Casa, construída pelos Cidadãos do novo Termo, para servir de Paço da Câmara, que vai se instalar, perante os novos vereadores, que hão de formar, eleitos na forma da Lei. E, em presença dos cidadãos que concorreram a este Ato, leu, o Capitão Domingos da Silva e Oliveira, o Ofício da Câmara Municipal da Vila do Araxá, pelo qual o convidava, como cidadão mais votado, a prestar juramento para Presidente da nova Câmara; E declarando que o tinha feito, leu a Certidão do mesmo juramento prestado a 20 de dezembro de mil oitocentos e trinta e seis. Leu a Portaria da Presidência da Província de Minas Gerais, de vinte de julho do dito ano, que ordena a execução da Lei Mineira número 28, que elevou este Arraial à Vila e que lhe marcou seus limites“.

Nota: Esta citada casa, construída pelo Capitão Domingos da Silva e Oliveira, para servir de Casa de Câmara e Cadeia de Uberaba-MG, ainda hoje, serve como Gabinete do Prefeito e de Câmara Municipal de Uberaba, fica na esquina da Praça Rui Barbosa com a rua Manuel Borges.

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UBERABA-MG

História Topographica da Freguesia do Uberaba vulgo Farinha Podre (*)  pelo Vigário Antônio José da Silva

Entre o Rio Grande e o Rio das Velhas na Provincia de Minas Geraes, Comarca de Paractú do Principe, julgado do Dezemboque Prelasia de Goyaz, está a Povoação de St°. Antônio e Sam Sebastião do Uberaba.

Os lugares que ela compreende, erão incultos e desertos até 1807, e apenas conhecida a estrada, que a atraves de S. Paulo para Goyas, onde residião alguns Indios, que tinhão sahido da Aldeia de Santa Anna, os quaes nunca tiverão animo de alongar-se para algum dos lados da mesma estrada, nem ao menos meia legoa, como depois se conheceo pelas culturas sempre visinhas as suas habitações: então Januario Luis da Silva, Pedro Gonsalves da Silva, José Gonsalves Eleno, Manoel Francisco, Manuel Bernardes Ferreira, e outros moradores na Freguezia de Dezemboque entrarão até a distancia de algumas lagoas de Sertão, e descobrindo lindas campinas, e optimos matos, appossiarão algumas Fazendas, e voltarão tanto por falta de mantimentos, como pelo terror, que lhes inspirava o Gentio Caiapó, cujo vestígio incontrarão em diversas partes.

Communicarão o resultado da sua entrada o S. Mr. Antonio Eustaquio da Silva, e a outros, e aquelle por gênio emprehendedor de novas descobertas projectou logo explorar todo o Sertão, que podesse, e convidou muitas pessos das Geraes para companheiros: entretanto passou para o Norte da Provincia de Goyaz o Coronel José Manoel da Silva e Oliveira, e sabendo e pertenção, que tinha e do Sargento Mor seu Irmão, a declarou o Eximo. Marquez de S. João de Palma, que então governava aquella Provincia que pertencia o Julgado do Desemboque, e este conhecendo quanto podia interessar esta nova descoberta, intervindo a direcção do referido S. Mr. de quem tinha muito boas noticias, o nomeou Commandante Regente dos Sertoes da Farinha Podre por Portaria de 27 de Outubro de 1809.

Nos primeiros dias do mez de Julho de 1810 o Sargento Mr. munido das necessárias provisões de mantimentos, associando-se os que primeiro havião entrado, e alguns outros Geralistas, formando todos huma bandeira de 30 homens ingredirão pelo Sertão dentro até o Rio da Prata na distância de 30 legoas, a contar-se o caminho em direitura, encontrando a cada passo o embaraço, já de Rios, já de pântanos, que dificultosamente transivão, sempre temerosos do Gentio, cuja existência se conhecia, os dos aqui, e ali.

He de notar se o perigo, que se achavão expostos estes emprehendedores, quanto aos animaes silvestres e ferozes, pelo o que aconteceu a Antonio Rodrigues da Costa, o qual acomettido cara a cara por uma onça pintada, que avançou furiosamente ao cavalo, em que hia montado, e o segurou com unhas e dentes, pode com destreza (depois de falhar-lhe o recurso da espingarda, cujo gatilho nunca mais o encontrou) defender-se com a espada, que trazia o lado, dando algumas estocadas, com a dor das quase largou a onça o cavalo, e fugio até morrer a chumbo, depois de perseguida pelos cães em um capão, que se achava vizinho, e que pelo acontecimento ficou denominado o capão de onça.

O referido Sargento M. e toda a sua comitiva depois de lançar algumas posses, ou sinaes pelo Sertão na decurrencia de dois meses, e feitas algumas pequenas rossas, voltou a cuidar de meios para transportar-se, assim como alguns de seus companheiros; pois havião todos conhecido a transcedencia, tanto dos campos, como dos matos.

Em 1812, quando a Povoação constava de uns poucos de moradores, alem dos Indios da estrada, fez segunda entrada, trazendo consigo muitas pessoas, que de novo convidará e alguns das quases o haviam acompanhado a primeira vez, entre as quases se contava o Reverendo Hermogenes Casimiro d’Araujo, que dormia junto a ele em certa noite, quando huma grande cobra Jararaca-assú passou por cima de ambos e sendo percebida, a expellirão com a colxa, e depois a matarão, antes de que mordeu a um cão, que imediatamente morreu, o que de certo aconteceria aos dois, se a fortuna os não bafejasse.

Depois desta segunda entrada, as noticias, que derão os que haviam acompanhado a S. Mr. os convites e as persuações deste atrahirão em breve muitas pessoas, que vinham das Geraes a procurar novos estabelicimentos, não obstante o medo de Gentio, que se antolhava.

Em 13 de Fevereiro de 1811 obtiverão o mesmo S. M.  Eustaquio e outros Provisão da Meza da Conciencia e Ordens para erigirem uma Capela com o Orago da Senhora do Monte de Carmo; mas até o presente não levarão a pratica sua pertenção, sem duvida, porque a povoação do lugar, onde querem e rigir a referida Capella, ainda hoje é muito pouco considerável.

Em 1812 se levantou no sitio chamado o Lageado uma pequena Caza de Oração, onde se colocarão Santo Antonio e Sam Sebastiam: celebrou ali por pouco tempo os Santos Mistérios com Autoridade de Reverendo Antonio Jose Tavares Vigario do Desemboque o P. José de Moraes; e depois se transferiu por comodidade para a margem do (Rio) Uberaba junto a estrada de Goyaz, onde está hoje formado o Arraial.

O referido P. Moraes demorou-se apenas até junho de 1813, e despediu-se, ficando os poucos moradores que estão existiam com os recursos espirituais muito distantes até Maio de 1814, quando entrou por Capellão o Padre Silverio da Costa Oliveira legitimamente autorizado, o qual esteve até 7 de Setembro, dia ‘em que se retirou’ para a Capela de N. Senhora S.S. Sacramento do Burá.

Em 17 deste mesmo mês de Setembro e ano de 1820 tomou posse de Vigario da Freguezia, erecta alguns meses antes a requerimento do S. Mr. Antonio José da Silva, que atualmente serve:

Tem a Freguezia de longitude mais de 40 legoas, e de latitude mais de 20, e de sua Filial a Capela de N. Senhora das Dores distante da Matriz 10 legoas, erecta em 1823.

Divide pelo Nascente com a Freguesia do Desemboque pelo Ocidente com o Sertão, pelo Norte com as Freguesias do Araxá, e Aldeia de Santa Anna, e pelo Sul com a Freguesia da Villa Franca do Imperador.

Dista o Arraial do Uberaba da Cabeça do Julgado 18 legoas, do Araxá 22, da Aldeia de S. Anna 15, da Villa Franca 15, e da Cabeça da Comarca(Paracatu) 60.

Contem a Freguezia dentro do Arraial 91 fogos habitados, e fora 300. A sua Povoação, que em 1820 constava de 1.300 almas monta hoje a 3.000 a fora os Indios Aldeianos a margem do Rio Grande na distancia de 40 lagoas do Arraial, cujo numero excede a 1.000 de ambos os sexos.

Este Indios (Caiapos) passeião de tempos em tempos por toda a Freguesia; mais não commettem a menor hostilidade, o que se deve sem duvida ao jeito, e ao amor, com quem tem sido sempre tratados pelo Sarg. Mor Antonio Eustáquio da Silva, que os visita todos os anos, prodigalizando-lhe roupas, e ferramentas, ora a sua custa, ora a custa da Fazenda Pública e também em cooperado muito para a sua pacificação João Baptista de Siqueira, que mora visinho aos mesmos indios, com que tem freq. Comunicações e os supre, muitas vezes, com mantimentos do seu Paiol.

He por lamentar-se a desgraças destes Entes embrutecidos; por isso que não se tem adoptado as necessárias e urgentes medidas para a sua cathequisação.

3 Respostas to “0 0 0 0 A História de Uberaba, fundação de Uberaba pelo Sargento Mór Eustachio, Eustáquio, irmão do Capitao Domingos”

  1. Lúcio de oliveira falleiros Says:
    Eu sou por parte de mãe da vovó Alice Cardoso de Oliveira, nascida em 13/02/1880. Ela era filha do Major José Cardoso da Silva, cujos pais vieram de Mogi Mirim , por volta de 1850 para a região do Sertão do Rio Pardo, e trabalharam como agregados na Fazenda Invernada, na época pertencente ao Capitão Francisco Marcolino Diniz Junqueira( Capitão Chico. Mamãe Jupira de Oliveira Faleiros teve um único irmão JAHY CARDOSO DE OLIVEIRA, cujo filho ROBERTO CARDOSO DE OLIVEIRA, falecido a dois anos, casou com a Gilda, irmà DO PRESIDENTE fERNADO hENRIQUE. Interessante que tinham o mesmo sobrenome Cardoso mas não tinham parentesco algum.
    A dona Maximina Augusta do Nascimento, * 01/11/1863 na Fazenda Paraízo, da Comarca de Franca e + em Uberaba em 26/09/1942, Por ter casado em primeira núpcias com com José Valim de Melo em 21/07/1877, e em segunda núpcias com seu cunhado Antônio Valim de Melo, passou a assinar Maximina Augusta de Melo. Ela era filha de José Alves Faleiros, irmão do meu avô João Cândido Falleiros. No livro que possuo dos Falleiros, editado em 1968, dá os seus descendentes, que são numerosos e ocupam 22 páginas. Se incluirmos os seus 13 irmãos , filhos de José Alves Faleiros, essa turma ocupa 140 páginas do dito livro. Como vê o mundo é pequeno, estamos misturados, por parte de papai com a Maximina e por parte de mamãe com o Fernando Henrique.
    òsculos e ampelexos. Lúcio de Oliveira Falleiros

    • capitaodomingos Says:
      já informei que essa família Valim de Melo se reune todos os anos em uberaba, 700 pessoas , sem contar os filhos de minha bisavo que não participam da reunião.
      há um livro pronto sobre um dos filhos da maximina, o jose
      sua casa inagurada no seu aniversario em 1901 ainda existe e é da familia.
      o filho dela com primeiro marido era o tio quinzinho que era dentista
  2. Maria do Perpétuo Socorro Vitarelli Says:
    Adorei a história de Uberaba, linda cidade onde comemorei meus quinze anos, quando meu tio, José Alencar Rogedo,foi delegado geral do Triângulo Mineiro. Belas recordações, no Colégio do Triângulo Mineiro,Mais tarde, meu pai foi criar aí o Horto Florestal de Uberaba.

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